Por Angela Senra
O mercado de arte está sempre em movimento. Hoje em dia é mais comum encontrar aqui no Brasil pessoas que investem neste setor do que duas décadas atrás, especialmente na arte contemporânea. Para iniciar uma coleção que possa ser chamada assim, é preciso mais do que comprar obras valiosas e colocá-las em exposição....
Quem quer entrar para o time de colecionadores, deve levar em consideração o gosto pessoal e os sentimentos que as peças lhe despertam. Mas não é só isso, explica o galerista Eduardo Fernandes, da galeria paulista que leva seu nome, na Vila Madalena. “A boa coleção precisa manter uma linha de pensamento, uma coerência, criando assim um universo próprio ”, diz ele.
É necessário também seguir com atenção as carreiras dos novos artistas, acompanhar suas fases e exposições. “Essa é a forma de verificar o reconhecimento de seus pares, tanto artistas quanto críticos, curadores e colecionadores”, lembra Fernandes.
Claro que arte não é apenas mercado, mas também, como faz questão de frisar o galerista, “paixão”. “Arte é uma das melhores formas de mudarmos nossos paradigmas e entrarmos em novos universos”.
Para ele, apostar em iniciantes é uma maneira de investir em nós mesmos. “É nosso olho, sentimento, pensamento, nosso repertório que faz nossas escolhas. Assim participamos do processo de crescimento e nos tornamos investidores na carreira desses talentos, fazendo com que se valorizem”.
Apesar do gosto pessoal ser a melhor forma de construir uma coleção, é fundamental ter sempre por perto um profissional da área. Outra dica do especialista é ficar atento às exposições que acontecem em instituições, museus, fundações, bienais e feiras de arte, aqui no Brasil e no exterior.
Para aprender a fazer as melhores escolhas é preciso estar atento para viver a arte, se deixar levar por ela e se aprofundar.
O Street Art dos grafites agora entra para dentro das casas. Sao cada vez mais comuns pinturas como esta que devem sempre ter um tema com o qual os moradores se identifiquem.
Andre Pasquale começou na arte com o desenho e aos dezenove anos foi morar no Havaí, onde se manteve com a confecção e pintura de pranchas de surf. Não perdeu a oportunidade e conheceu a Austrália, a Nova Zelândia e a Indonésia dentre outros lugares. No Havaí vendeu quadros em coffee shops e galerias. Também conheceu a Inglaterra, onde ficou por cinco meses produzindo e vendendo quadros. Conta que a inspiração para as telas vem das viagens realizadas, como a chegada à Indonésia, feita por barco. “Era um lugar remoto, mais a oeste do continente, a visão valeu um quadro”, descreve André. Pablo Picasso e leituras sobre cubismo também são fortes influências no trabalho do artista, neto de alfaiate e marceneiro. Descendente de italianos passou a infância vendo o avô manusear os tecidos e dar forma às madeiras. “Foi ele que me introduziu nos trabalhos manuais”, lembra. Fonte:www.floripacultura.com
